1 – O que são os WAKO?
A banda é como um holograma, uma projecção de tudo que nos envolve. Um desígnio sónico e literário da nossa realidade, um gatilho cénico que se prime e aponta a várias edificações morais e sociais que se expressam e auto-impõem de forma obsoleta e obscena, ao instinto selvagem e errático do Homem e a todo o processo de auto-destruição pelo mesmo. “We Are Killing Ourselves”, WAKO! Pode ser um maluco, não é? (risos) Essa antítese funciona bem porque parte de um significado e culmina noutro – é o caminho da insanidade (WAKO) para chegar a We Are Killing Ourselves. Eu acho que é esse o processo realista de todo o ser-humano. Sendo agora esta uma visão que se tornou mutável ao longo dos tempos.
W.A.K.O. já não reflecte meramente uma crítica, mas sim uma consciencialização dos valores que tendem a desaparecer, a verdade é que continua a percepcionar a decadência do Homem como algo bem palpável. Estamos todos a ruir por dentro e exteriormente, e esta é a nossa “wake up call‘
Há mais artistas-bandas a fazerem isto mesmo. Esta é apenas a nossa forma de apelar às pessoas para não deixarem de se preocupar com a vida e com o que se passa à nossa volta. Mantendo sempre os bons valores intactos, vislumbrando sempre o melhor que reside em cada um de nós. Resiliência, perseverança e estar “desperto”.
2 – Como é que começaram?
Revisitando um momento tão simples…. Lembro-me tão bem, após terminarmos o dia de aulas, combinarmos entre nós um encontro num café-bar em Almeirim, para somente discutir a possibilidade de aprendermos a tocar um instrumento e fazermos uma banda. Nessa entusiástica conversa, vibrávamos ao falar de uns Slipknot, Pantera, Korn, Sepultura e outras mais. Nunca imaginamos que pudessemos passar daquela mesa de café para os palcos de hoje.
3- Porque é que deram início à banda?
É a normalidade dos acontecimentos, aquando os nossos doces 17 anos, todos tínhamos gostos em comum, como o género musical, a busca literária, uma inclinação sensível para artes…. vá éramos putos que com a mania que queriam ser diferentes(risos). Começou como algo muito inocente que conseguimos transformar em algo sólido.
4 – Em que locais já atuaram?
Creio que já demos mais de quinhentos concertos ao longo destes 18 anos de carreira. Claro que existem sempre aqueles que ficam bem cravados no nosso coração e que perduram na nossa memória, desde os primeiros concertos, como anteriormente referiste, na cantina do liceu, até ao pisar do palco do Meo Arena, um Coliseu de Lisboa, as tours nos Estados Unidos e em Inglaterra. São tantos…cada um com o seu próprio apreço e genuíno, distinto significado.
5 – O que esperam do futuro?
O futuro é agora muito incerto…Vivemos a “distopia” da nossa geração. Assim que as coisas se dissiparem mais e adaptarmo-nos a esta nova “normalidade”, tencionamos lançar o nosso 4º registo discográfico e claro o tão aguardado regresso aos palcos, estamos todos famintos do mesmo…Não é!
6 – Em termos de conhecimento o que é qu já atingiram?
Ainda trilhamos esta estrada de conhecimento, é ininterrupta e cada vez mais vasta. A percepção de cada ainda temos muito para aprender e construir é a trave-mestra do nosso tipo de “sapiência” ou se que quiseres chamar de bagagem e alguma sabedoria.